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Escultura

(Técnicas e materiais)

Escultura é uma arte que representa ou ilustra imagens plásticas em relevo total ou parcial. Existem várias técnicas de trabalhar os materiais, como a cinzelação, a fundição, a moldagem ou a aglomeração de partículas para a criação de um objeto.

São utilizados vários materiais nesta arte como bronze ou mármore como argila, ceraou e madeira.

O objetivo maior foi sempre representar o corpo humano, ou a divindade numa forma antropomórfica embora possam ser utilizadas para representar qualquer coisa, ou até coisa nenhuma, tradicionalmente . É considerada a quarta das artes clássicas.

A escultura no Japão

A escultura na China

A escultura na India

A escultura na Europa

A escultura nas Américas

A escultura em África

A escultura no Antigo Egipto

Muitas estátuas estavam associadas á religião, a maioria sob patrocínio do governo. Notáveis foram as chamadas ‘’haniva’’, esculturas em argila colocadas sobre tumbas no período ‘’Kofun’’. A imagem em madeira do século IX de ‘’Shakyamuni’’, um Buda histórico, é a típica escultura da era ‘’Heian’’, e é representada com o seu corpo curvado coberto com um denso drapeado e com uma expressão facial séria. A escola Key criou um novo estilo, mais realista.

A escultura no antigo Egito visava dar uma forma física aos deuses e aos seus representantes na terra, os faraós. Regras rígidas deviam ser seguidas: homens eram mais escuros que mulheres; as mãos das figuras sentadas deveriam estar nos joelhos; e cada deus tinha as suas regras especificas de representação. Por esse motivo, poucas modificações ocorreram em mais de três mil anos, embora tivessem resultado em pequenas peças maravilhosas como a cabeça de Nefertiti ou a máscara mortuária de Tutancâmon ou grandes monumentos como a esfinge.

A arte da África tem uma ênfase especial pela escultura, especialmente em ébano e outras madeiras nobres. Além das divindades antropomórficas, tem especial interesse as máscaras rituais. As esculturas mais antigas são da cultura Nok (cerca de 500 a. C.), no território onde atualmente se encontra a Nigéria.

Na Índia as primeiras esculturas são atribuídas à civilização do vale do Indo, onde trabalhos em pedra e bronze foram descobertos. Mais tarde, com o desenvolvimento do hinduismo, do budismo, e do jansenismo, esta região produziu alguns dos mais elaborados bronzes. Alguns santuários, como o de Ellora, apresentam grandes estátuas esculpidas diretamente na rocha. Durante o século II a.C. no noroeste da Índia, onde hoje é o Paquistão e o Afeganistão, as esculturas começaram a representar passagens da vida e os ensinamentos de Buda. Embora a Índia tivesse uma longa tradição de esculturas religiosas, Buda nunca tinha sido representado na forma humana antes, apenas por símbolos. Este facto reflete  uma influencia artística persa e grega na região. A Índia influenciou ainda, através do budismo, boa parte da Ásia, como as existentes na localidade de Angkor, no Camboja.

Artefactos chineses datam do século X a.C., mas alguns períodos selecionados tiveram destaque: Dinastia Zhou (1050-771 a.C.) produziu alguns vasos em bronze fundido; Dinastia Han (206-220 a.C.) apresentou o espectacular Exército de barro de Xian, em tamanho natural, defendendo a tumba do imperador; As primeiras esculturas de influencia budista aparecem no período dos Três reinos (século III) ; Dinastia Wei (séculos 5 e 6 ) dá-nos a escultura dos Gigantes grotescos, reconhecidas pelas suas qualidades e elegância. O período considerado a idade de ouro da China é a Dinastia Tang, com as suas esculturas budistas, algumas monumentais, considerados tesouros da arte mundial.

Após este período a qualidade da escultura chinesa caiu muito. É interessante notar que a arte chinesa não tem nus, como é comum na arte ocidental, à exceção de pequenas estátuas para uso dos médicos tradicionais. Também tem poucos retratos, exceto nos mosteiros, onde eram mais comuns. E nada do que se produziu após a Dinastia Ming ( após século XVII) foi reconhecido como bom pelos museus e colecionadores de arte. No século passado, a influencia do realismo socialista de origem soviética arruinou o que restava da arte chinesa.

Existem poucos exemplares de esculturas pré-colombianas no continente americano, entre elas as famosas estátuas da Ilha de Páscoa, algumas esculturas, principalmente em alto-relevo, decorando edificações Maia e Asteca do Peru ao México e algumas peças primitivas em madeira ou argila, geralmente com significado religioso, dos povos nativos de toda América.

No restante, só se começou a produzir arte a partir do século XVI, já sob influência do Barroco, com destaque para imagens religiosas em madeira, barro e pedra macia nos locais de influência católica. Nos países de religião protestante, pela sua maior resistência ao uso religioso de imagens, foi mais tardio o aparecimento de artistas, entrando diretamente no Neoclássico por influência da cultura europeia. A partir daí, com a facilidade de transporte e comunicaçãos, a arte nas Américas ficou muito semelhante à desenvolvida na Europa.

A escultura popular em argila do Nordeste brasileiro, as obras em madeira e argila dos povos da Amazônia, figuras religiosas em todas as regiões católicas da América também possuem relevância no contexto atual.

A Grécia clássica é com certeza o berço ocidental da arte de esculpir, desde os seus primeiros artefatos a partir do século X a.C., em mármore ou bronze, até o apogeu da era de Péricles (século V a.C.), com as esculturas da Acrópole de Atenas. Foi também quando alguns escultores começaram a receber reconhecimento individual, como Fídias. Produziu obras impares, como a Vitória de Samotrácia, os mármores de Elgin e a Vénus de Milo.

A partir dos gregos, os romanos, depois de um começo na tradição, abraçaram a cultura clássica e continuaram a produzir esculturas até o fim do império, numa escala monumental e numa quantidade impressionante, espalhando principalmente o trabalho em mármore por todo o império.

Após o fim do império e a idade média, onde pouco se fez, tivemos algumas esculturas góticas (séculos 12 e13), basicamente como decoração de igrejas, como a porta da catedral de Chartres, arte fúnebre com tumbas elaboradas e as famosas gárgulas.

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Tudo pareceu culminar no Renascimento, com mestres como Donatello e seu Davi em bronze, a estátua equestre do Gattamelata ou as suas inúmeras esculturas em mármore, abrindo caminho para a obra maior de Michelangelo, com seu magnífico David em mármore, Pietá, Moisés. Provavelmente o David de Florença seja a escultura mais famosa do mundo desde que foi revelada em 8 de setembro de 1504. É um exemplo do contraposto, estilo de posicionar figuras humanas.

Quando Benvenuto Cellini criou um saleiro em ouro e ébano em 1540, mostrando Neptuno e Anfitrite em formas alongadas e posições desconfortáveis, transformou o Naturalismo e criou a maior  obra do Maneirismo em que a  sua forma mais exagerada virou o Barroco, que acrescenta elementos exteriores, como efeitos de iluminação. Bernini foi sem duvida o mais importante escultor desse período, com obras como O Êxtase de Santa Teresa.

Após os excessos do Barroco, o Neoclassicismo é uma volta ao modelo helenista clássico, antes dos anos confusos do Modernismo, que teve a magnífica obra em bronze do francês Auguste Rodin e o seu O Pensador, e depois enterrou a tradição clássica com o Cubismo, o Futurismo, o Minimalismo, as Instalações e a Pop Art.

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